andamos pelas ruas do povo que nos guarda
partilhamos o sagrado eco da história que a boca contou
caminhamos sem segredos e sem medo
enquanto a carne fazia festa na Terra
naquela pausa entre o sim e o não
era sábado no Curuzu de euforia
coral negro e dourado e cristal
era sereia que batia a cauda na água profunda do desejo
e espalhava luz
tudo era fogo santo e não ardia
a vida deslizava veludosa sobre a nudez do sentimento
até que não
eu não
você não
não