daquele chão levanta... majestosa
em banho perfumado por boas ervas
a mão que segura espelho, alfange
é a mesma que fez o chão brilhar
a alvura do pano
não conta que foi lavado à mão
enxaguado de balde ou bica
mergulhado em engoma ou anil
passado em calor ou no frio do tempo
a armação da saia não fala da anágua
endurecida e bem seca
que suaviza cada passo de dança
balança, balança
a altivez das costas não conta
que yawô de yabá dormiu no chão
curvou na pia, limpou o chão do barracão
cortou tempero, sapecou folha de bananeira
lustrou os móveis
deita como qualquer um de nós
levanta rainha
Fantástico Dani. Parabéns Maíra por inspirar esse poema maravilhoso!
ResponderExcluirObrigada! A inspiração veio de todas as mais velhas que eu conheço no terreiro, especialmente da forma como Maíra me ajuda a enxergar melhor alguma coisas de dentro e fora do barracão.
ExcluirBonito poema, a sua tia deve ter adorado quanto nós :)
ResponderExcluir*XoXo
- www.helenaprimeira.blogspot.pt
- https://www.youtube.com/watch?v=u8FHHl3dT3g
- https://www.facebook.com/PrimeiraPanos?ref=hl
Obrigada, Helena! Muito bom saber que gostou. Visitarei seu blog!
Excluir:) <3
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