(Imagem: Milo Manara)
Aberta a porta
o beijo sem palavras foi o cumprimento
em minutos...
todas as roupas no chão
e as peles entraram em jornada para o alto
avançando encostas
criando juntas um sistema de hidratação
na base do suor
um beijo mais longo que a noite
mantido intacto pelas quatro mãos
nas duas cabeças coroadas pelos vinte dedos
sem pressa, mas com a força da imensa espera
língua, boca, dedos e mãos
extraindo todo tipo de líquido da pele
para sustentar um mundo que se torna fértil e úmido
é... o massapê da gente foi bem feito
olha...
a carne sabe de si e avança
cada parte do corpo vibra e dança
ijexá ensaiado durante centenas de anos
no voar da mão percussiva
está a batida ecoando samba no meu no peito
e a felicidade
onde, quando e como?
com aquele cara, tudo!
no pensamento e nesta poesia
sorvi, suguei, salguei
e nada lamento
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